Todo programador precisa estar no Twitter - Next.js é realmente lento?
Você deveria acompanhar as tendências e debates sobre tecnologia direto da fonte.
Eu comecei a usar o Twitter há muito tempo, quando era adolescente e grande parte dos meus amigos também usava. A gente entrava diariamente, mas apenas para assuntos triviais: falar bobagem, discutir sobre futebol, política e coisas do nosso círculo pessoal.
Com o passar do tempo, todo mundo que eu conhecia foi se afastando da plataforma. Arrumamos trabalhos, ficamos mais ocupados e, consequentemente, o Twitter deixou de ser tão usado. Se você tem a minha idade e está lendo isso, provavelmente algo parecido aconteceu com você.
Porém, eu nunca deletei minha conta. Na mesma época em que passamos a usar menos essa rede social, consegui meu primeiro emprego como programador. Minha carreira começou a tomar forma, e eu buscava maneiras de me envolver ainda mais nesse universo.
Foi então que comecei a seguir outros programadores no Twitter.
Uso profissional
Como minha principal stack de programação é o JavaScript, comecei a seguir contas relacionadas a isso: a Rocketseat, o perfil do Diego Fernandes, Filipe Deschamps, etc. Também passei a seguir empresas, me interessei por Next.js, segui a Vercel e pessoas relacionadas.
E é aqui que entra um aspecto único das redes sociais: os algoritmos. A plataforma ia me sugerindo cada vez mais contas e assuntos relacionados ao que eu gostava.
Mas também fiz muita busca orgânica. Procurava pelos perfis de YouTubers que eu gostava. Se via um tutorial muito bom, tentava encontrar o autor no Twitter para acompanhar mais de perto o pensamento dele, ficar por dentro das novidades dos vídeos ou ver comentários mais detalhados sobre os assuntos que ele abordava.
Com o tempo, identifiquei um padrão nos três tipos de contas que mais sigo:
Contas oficiais (frameworks, linguagens, empresas)
Personalidades (CEOs, funcionários das empresas, mantenedores de bibliotecas)
Criadores de conteúdo independentes
Foi seguindo contas assim que esse mês eu tive acesso a uma discussão muito interessante sobre lentidão no Next.js
Next.js é lento? O CEO e o VP of Product responderam
Tudo começou com esse tweet aqui, do Web Dev Cody (um criador de conteúdo independente, lembre-se da lista acima):

O que ele disse é verdade. Se você utiliza Next.js como eu no dia a dia, pode perceber que ele parece mais lento do que deveria ser. Você não consegue identificar um padrão na lentidão, mas sabe que ela existe, não dá para negar.
Muitas pessoas nos comentários concordaram com isso. Só que um dos comentários foi do Guillermo Rauch (CEO da Vercel, uma personalidade. Novamente, lembre-se da lista acima), explicando sobre o assunto:

Ele saiu em defesa do Next.js falando que esse comportamento é esperado, apesar de parecer estranho. Muitas pessoas fazem a migração de aplicações muito grandes para o Next e isso ia ser uma perda absurda de produtividade para eles.
E para terminar esse tópico, o Lee Robinson, VP of Product da Vercel (uma outra personalidade) repostou com uma explicação ainda mais detalhada sobre isso. Dessa vez vou deixar o link para o tweet caso você queira ver na íntegra.
Onde eu quero chegar com isso?
Essa discussão inteira me pegou, eu confesso. Fiquei quase uma hora entrando em todos os comentários, vendo diferentes perspectivas, sugestões e reclamações. Muita gente pensava igual. Eu mesmo, inclusive, sempre achei que tinha algo de errado com o tempo de compilação do Next e pensei que uma solução como um prefetch poderia ser útil. Agora eu entendo o porquê de ser assim. Concordo e acho que é o melhor jeito? Não, isso não. Mas, com certeza, uma fatia interessante dos usuários deles diz que esse é o melhor caminho. É uma decisão estratégica.
O que eu quero deixar de mais importante nessa história toda é: em que outro lugar você vê uma discussão como essa? Palestras têm um escopo muito fechado, vídeos no YouTube com o CEO defendendo seu produto são muito raros, e notas de atualização são genéricas.
Essa discussão foi uma conversa entre três humanos sobre uma implementação de um framework, quase como uma conversa de bar.
Como você pode acessar discussões como essa?
Aqui quero deixar algumas recomendações de perfis:
Ben Holmes - Esse cara dá explicações muito boas sobre web usado um quadro branco.
Matt Pocock - A melhor fonte para aprender sobre Typescript
Wes Bos - Posta dicas práticas de programação e também tem um canal no Youtube e um Podcast
Cory House - Esse é fantástico, cada tweet é uma aula.
Ryan Florence - Coautor do React Router, trabalha no Remix.
Code With Antonio - Um dos melhores youtubers pra tutorias de aplicações web
Web Dev Cody - Mencionado acima. Também um dos meus youtubers favoritos, um dos mais realistas.
Theo - Muito bom para acompanhar polêmicas, notícias e vídeos mais profundos.
Alex Sidorenko - Vídeos curtos sobre Next.js
Alex Kondov - Programador e autor dos livros Tao Of React e Tao of Node
Kent Dodds - O cara é membro do TC-39. Criou a Testing Library e a React Testing Library
ThePrimeagen - Siga esse cara.
Tanner Linsley - Criador de tudo que envolve o ecossistema TanStack
Dominik - mantenedor do React Query e dono do melhor blog sobre o assunto.
Cuidado com os baits
Por fim, um alerta: o Twitter é ótimo para aprender e acompanhar discussões, mas também está cheio de baits e clickbaits. Sempre veja os comentários e respostas a um tweet antes de tirar conclusões. Muitas vezes o pessoal usa ironia ou está fazendo um piada, e isso pode mudar completamente a forma como você entende o conteúdo.
Próximos passos
E aí? Você já usava o Twitter dessa maneira? Acha que faz sentido pra você? Deixa sua opinião nos comentários ou sugestões de perfis!
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Estou preparando um segundo post sobre metas e criação de objetivos para 2025. Um assunto que está bem em alta e que se não for feito com atenção pode te gerar falsas expectativas.
Vejo você no próximo! Obrigado pela leitura.
Boa, Lucas! Tbm tenho usado o algoritmo do twitter a meu favor e tem sido muito bom, sinto que é uma das poucas redes sociais que acredito que me gera valor hoje em dia.